quarta-feira, 13 de julho de 2011

Desnutrição energético-proteica - DEP

Representa uma variedade de condições patológicas decorrentes da falta concomitante de calorias e de proteínas, em diferentes proporções. Esta condição é mais freqüente em lactentes e pré-escolares e geralmente encontra-se associada a infecções recorrentes.
A DEP possui importância epidemiológica relevante, pois 1/3 da população infantil de países considerados em desenvolvimento apresenta algum grau de desnutrição do tipo primário, resultante da baixa ingestão de nutrientes.
Além da elevada prevalência, a DEP torna-se, direta ou indiretamente, a principal causa de morbidade e mortalidade nas crianças abaixo de 5 anos, que é o período de maior vulnerabilidade.

           É importante destacar alguns aspectos como:
           • Antecedentes gestacionais e perinatais, particularmente tamanho e peso ao nascer e gestação em adolescentes.
           • O ambiente físico, com ênfase no que se refere a saneamento e salubridade - riscos óbvios de morbidade
           • A situação familiar - composição de núcleo, presença materna e paterna, relacionamento afetivo, estimulação, problemas (etilismo, doenças mentais, instrução, cultura, etc)
           • Condição sócioeconômica (escolaridade, profissão, ocupação, renda, número de pessoas que moram juntas, etc).

•Quanto a intensidade:
–Leve ou 1° grau
–Moderada ou 2° grau
–Grave ou 3° grau
•Métodos de Classificação:
–Classificação de Gomez
–Classificação de Waterlow

Classificação de Gomez (3m a 2 anos)
–Déficit de peso em rel. ao peso p50 p/ idade.
–Normal: peso > 91% do p50 p/ idade.
–P/I = peso encontrado x 100 / peso ideal (p50)

 Classificação de Waterlow
–Baseia-se nos índices peso/altura e altura/idade
–A/I = altura encont. x 100/ altura ideal (p50)
–P/A= peso encont. x 100/ peso ideal p/ altura observada
- Eutrófico
- Desnutrido crônico
- Desnutrido atual ou agudo
- Desnutrido pregresso


• Avaliação do estado nutricional
< 3 meses: aspecto clínico, cálculo do ganho
ponderal (30 g/dia),vitalidade, movimentação, n°
micções, evacuações e sono.
3 meses a 2 anos: critério de Gomez
2 a 10 anos:Waterlow/Batista
Adolescentes: IMC, aval. índice de estatura p/ idade e estadiamento puberal – Método de Tanner.
Como podemos observar no gráfico abaixo, o IMC das crianças e adolescentes avaliados nesta população apresenta 56% estão dentro dos valores de peso normal, 28,79% estão abaixo do peso, 12% estão acima do peso e apenas 3% apresentam-se na faixa da obesidade infanto-juvenil. Logo, a obesidade neste grupo não apresenta um fator de risco, mas devemos observar que encontramos muitas crianças abaixo do peso e isto pode comprometer o desenvolvimento da criança e do adolescente, pois ambos estão na fase de maturação biológica e crescimento físico.

Diagrama circular

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