quarta-feira, 13 de julho de 2011

Declínio da desnutrição no país

Brasil reduz taxa de desnutrição infantil e atinge meta estabelecida pela ONU

Queda do número de menores de 5 anos com baixo peso ou altura tem impacto na redução da mortalidade na infância. Ampliação do aleitamento materno também contribui; em cinco anos, doadoras de leite humano passam de 60,4 mil para 113,8 mil

A desnutrição infantil, cuja queda é um dos principais fatores que contribuíram para a redução da morte entre crianças, é um desafio já superado pelo país. A redução desta taxa era uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio 1 – Erradicar a Extrema Pobreza e a Fome, alcançado neste ano, o que levou o país a ser premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro. O dado está no “Saúde Brasil 2009”, publicação anual do Ministério da Saúde que reúne análises e indicadores de saúde no país.

O levantamento aponta o Brasil como um dos países que mais avançaram na redução da desnutrição infantil, entre 1989 e 2006. No período, a proporção de crianças menores de cinco anos com baixo peso para idade caiu de 7,1% para 1,8%; e com baixa altura, de 19,6% para 6,8%.
Os resultados podem ser atribuídos a quatro fatores: o aumento da escolaridade materna; a melhoria do poder aquisitivo das famílias; a melhoria da atenção à saúde – principalmente para mulheres e crianças, coincidente com a expansão da Estratégia Saúde da Família (ESF) em todo o país; e o aumento da cobertura de saneamento básico, como acesso à água encanada e rede de esgotamento sanitário.

A evolução da Atenção Primária à Saúde é central para a garantia do acesso e promoção da saúde e prevenção de doenças. A ESF, carro-chefe da atenção primária, está presente hoje em 99% dos municípios brasileiros, com 31.500 equipes. Estudos internacionais mostram que cada aumento de 10% na cobertura da Saúde da Família corresponde uma redução de 4,6% na mortalidade infantil
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 Prevalência (%) de déficit de peso para idade entre crianças menores de cinco anos, com intervalos de confiança (95%) para a diferença de médias de 1996 e 2006. Macrorregiões brasileiras, 1996 a 2006

Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS: 1996 e 2006) 
*NS – diferença não significante de um período para o outro, segundo teste de diferença de médias (Teste t-Student) com valor de p>0,05

Prevalência (%) de déficit de altura para idade entre crianças menores de cinco anos, com intervalos de confiança (95%) para a diferença de médias de 1996 e 2006. Macrorregiões brasileiras, 1996 a 2006

Fonte: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS: 1996 e 2006)
*NS – diferença não significante de um período para o outro, segundo teste de diferença de médias (Teste t-Student) com valor de p>0,05

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